A.A. (Apaixonados anônimos) ou o que deu para fazer com a saudade.
A cidade fala
a quem está disposto a escutar.
Vamos coração, resista outra vez
uma vez mais.
Preciso me reencontrar
ouvir as velhas canções
revisitar meus amores
colher flores da minha história.
Eu sou as ruas dessa cidade
elas são minhas também.
Eu sou os acordes dessas canções
elas são minhas também.
Quem sabe um dia desses
eu te encontre num café
lá no fundo, sozinha, sentada
lendo Clarice.
Talvez eu até me faça de bobo
e pergunte, “vem sempre aqui?”
Poesia é olhar para essa cidade
e em todo canto ver um pouco de ti.
2. Birra
A vida é injusta
tire sarro dela.
A vida é o que é
um dia a tapioca vira.
3. Domingo deprê
Hoje pela manhã ouvi uma canção que me lembrou você, resisti até onde pude, não chorei. Senti o gosto da dor e o peso da sua lembrança, minha vontade era de gritar, agora cá estou parado olhando para as cortinas fechadas e me perguntando: “você vai sair dessa?”. Ainda são 08:40.
4. Declarações anônimas de amor
Há lembranças que tenho de você que sempre guardarei a sete chaves dentro de mim! num lugar onde ninguém toque.
5. Constatação dos fatos
Pouco a pouco
nos perdemos na vaga ideia
de ter controle sobre tudo
que nada tínhamos.
Pouco a pouco
nos perdemos em palavras
que nada puderam prometer.
6. Disk denuncia sentimental.
Amor não é caixa postal,
Não deixe seu recado após o sinal.
7. Resistências/Reticências
Se você me esquecer
vou montar uma banda indie
e só de pirraça
vou dedicar todos os discos
a você.
8. Amor Bandido
Tempos atrás
assaltaria um banco
fugiria contigo marginal a fora
ao estilo Bonnie e Clyde
derrubando taças de vinho
em hoteis chiques por ai.
Óculos escuros
nossas fotos estampadas
pelos jornais, procura-se
o nosso louco amor.
Para onde é que ele foi?
Tempos atrás...
9. Insônias
Vou adiar minha chegada
tardar em minhas palavras,
e um dia desses irei chorar
ao perceber que você não
ficaria aqui para sempre.
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